Há cinco anos, o Brasil inaugurava um novo capítulo na história da sua logística ferroviária. Em 27 de maio de 2020, a assinatura da renovação antecipada da concessão da Malha Paulista — a primeira da história do setor ferroviário no país — marcou o início de uma transformação sem precedentes na infraestrutura de transporte.
Por trás desse avanço, está o trabalho estratégico e incansável da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que, em parceria com o Ministério dos Transportes (MT), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a concessionária Rumo Malha Paulista, viabilizou um modelo pioneiro de regulação, com foco no interesse público, com segurança jurídica e para acelerar investimentos essenciais para o desenvolvimento do país.
Resultado direto desse marco, a Malha Paulista vem passando por uma verdadeira revolução. São 140 obras e entregas concluídas até maio de 2025 e outras 250 previstas até 2032, com foco na expansão de capacidade, aumento da segurança, redução de impactos urbanos e ganhos expressivos em eficiência operacional, com acompanhamento próximo e fiscalização constante da ANTT.
Trens mais longos e potentes — que passaram de 80 para 135 vagões — transportam hoje volumes ainda maiores de cargas. O tempo de viagem até o Porto de Santos, principal corredor de exportação do país, caiu de 92 para 78 horas, enquanto a tonelada bruta subiu de 120 para 130 toneladas, otimizando custos e aumentando a competitividade da produção nacional.
A ferrovia, que conecta São Paulo aos maiores polos produtores e exportadores do Brasil, movimenta cerca de 2 mil vagões por dia, levando grãos, açúcar, fertilizantes e produtos industrializados para o mundo. Mais do que transportar mercadorias, a Malha Paulista ajuda a movimentar a economia, gera empregos, reduz o custo logístico e integra regiões.
Tecnologia, sustentabilidade e segurança no centro da operação
Com investimentos robustos em inovação, a Malha Paulista tornou-se referência global no uso de tecnologia ferroviária, adotando sistemas de condução semiautônoma, monitoramento via satélites, rede 4G dedicada e soluções inteligentes que garantem maior eficiência e segurança.
Esses avanços contribuem diretamente para a redução de consumo de combustível, diminuição das emissões de CO₂ e menor impacto ambiental, consolidando a ferrovia como um modal seguro, sustentável e de baixo carbono, seguindo as diretrizes de sustentabilidade trabalhadas pela ANTT.
Outro destaque é a implantação de soluções integradas nas áreas urbanas de municípios paulistas, como São José do Rio Preto, Mirassol, Cedral e Catanduva, com investimentos em viadutos rodoviários e passarelas de pedestres, que eliminam passagens em nível, ampliando a segurança e a mobilidade urbana.
ANTT: regulando o presente para garantir o futuro
A atuação da ANTT foi decisiva para tornar possível essa transformação. A Agência conduziu um processo técnico, rigoroso e inovador, que não apenas viabilizou a primeira renovação antecipada de uma ferrovia no país, como também garantiu que ela estivesse atrelada a contrapartidas robustas e compromissos que atendem diretamente aos interesses da sociedade.
Ano passado, esse compromisso foi reafirmado com a assinatura de um termo aditivo, fruto de uma solução consensual construída entre ANTT, MT, TCU e a Rumo. Esse instrumento atualizou o caderno de investimentos, agregando mais de R$ 940 milhões em melhorias operacionais e em segurança urbana, além de R$ 670 milhões destinados ao Plano Nacional de Ferrovias — recursos que fortalecem a política pública de expansão e modernização do setor ferroviário brasileiro.
Para o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, a renovação antecipada da Malha Paulista não é apenas uma história de números, obras e tecnologia. É uma história de como regulação eficiente, visão de futuro e responsabilidade institucional podem transformar a infraestrutura, gerar desenvolvimento, conectar cidades, proteger vidas e impulsionar a economia, reforçando a importância da parceria entre Governo Federal e o setor privado.
“Seguindo em movimento, a ANTT reafirma seu papel como protagonista na construção de um país mais eficiente, mais integrado e mais sustentável. Porque quando o transporte evolui, o Brasil inteiro avança”, concluiu o diretor-geral.
Coordenação-Geral de Comunicação – ANTT
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