As negociações de Israel-Hamas para estender o cessar-fogo em Gaza estavam no limbo na quinta-feira, quando o governo Trump voltou sua atenção para conversas com autoridades russas em Moscou sobre a guerra da Ucrânia.
Steve Witkoff, o enviado do Oriente Médio de Trump, deveria deixar a última rodada de palestras de Gaza no Emirado do Golfo do Catar para a Rússia na quinta -feira. Trump efetivamente acusou Witkoff de trabalhar para resolver dois dos conflitos mais difÃceis do mundo – as guerras em Gaza e Ucrânia.
A última rodada de negociações indiretas entre Israel e Hamas, na capital do Catar de Doha, nesta semana, levou poucas frutas em meio a discordâncias entrincheiradas sobre os próximos passos do acordo, de acordo com um funcionário israelense familiarizado com as negociações, que falavam sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente.
Em meados de janeiro, os dois lados concordaram com uma trégua multifásica que acabaria por encerrar a campanha militar de Israel contra o Hamas em Gaza e libertaria os israelenses e reféns estrangeiros mantidos por militantes palestinos lá. O cessar-fogo começou com uma pausa de seis semanas na luta, durante a qual o Hamas lançou mais de 30 reféns em troca de mais de 1.000 prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Durante a fase inicial da trégua, Israel e Hamas foram destinados a negociar uma segunda fase que imaginava o fim da guerra, a retirada total das forças israelenses de Gaza e a liberação de todos os reféns sobreviventes ainda mantidos no território.
Mas os dois lados permanecem distantes sobre como avançar. Israel ainda prometeu destruir o Hamas e está insistindo a desmilitarização de Gaza. O Hamas se recusou em grande parte a dissolver seus batalhões armados ou enviar seus lÃderes de Gaza.
A primeira fase de 42 dias se passou no inÃcio de março sem um acordo na segunda fase, mas a trégua frágil se sustentou até agora, mesmo sem ela.
Os crÃticos de Israel acusaram Benjamin Netanyahu, o primeiro -ministro, de arrastar os pés em um acordo por medo de que afrouxasse o poder do poder. Seus aliados de extrema direita na coalizão governante estão pressionando a guerra contra o Hamas, apesar das preocupações das famÃlias dos reféns restantes de que seus entes queridos não sobreviverão.
Até 24 reféns vivos ainda estão sendo mantidos em Gaza, juntamente com os restos de mais de 30 outros que foram capturados, de acordo com o governo israelense. O Hamas apreendeu cerca de 250 pessoas no ataque de 7 de outubro de 2023 que matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e acendeu a devastadora guerra de 15 meses em Gaza.
No inÃcio deste mês, Israel impôs duras restrições à ajuda humanitária que entra em Gaza, exceto a entrada de alimentos e outros bens muito necessários. As autoridades israelenses depois cortaram a eletricidade para um centro de tratamento de águas residuais em Gaza.
Isso levou a medo de uma crise humanitária ressurgente em Gaza. A privação generalizada da guerra diminuiu um pouco desde que o cessar-fogo e os caminhões de ajuda começaram a entrar livremente.
O Catar, que está entrelaçando a trégua ao lado do Egito e dos Estados Unidos, tem criticado A decisão israelense de fechar os cruzamentos para ajudar como uma violação do contrato de cessar-fogo.